Manaus aposta no BRT como opção mais barata para o transporte público de passageiros

06/09/2010

Blog Manaus no Mundial

Quando se fala em infraestrutura nas cidades-sede para o Mundial de 2014, logo vem a cabeça o problema do transporte público. Manaus prepara como alternativa a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), sistema já utilizado e consagrado em cidades como Curitiba no Paraná. Enquanto, o monotrilho está orçado em mais de R$ 1 bilhão, o BRT não deve passar de R$ 230 milhões. Após o início dos trabalhos, a obra deve ser concluída em no máximo dois anos.

A empresa VTech Engenharia foi contratada para fazer os estudos preliminares da implantação do sistema e afirma que a espera dos usuários não deverá passar de 1 a 3 minutos nas paradas com a entrada de 80 veículos articulados e bi-articulados podendo cada um transportar até 270 passageiros.

O preço não deverá ultrapassar os R$ 2,25 e os ônibus trafegarão em vias exclusivas a uma média de 25 quilômetros por hora. O trajeto será de quase 20 km, com vinte estações e três terminais.

Funcionando 19 horas por dia, o BRT vai beneficiar moradores das zonas norte, centro oeste, leste sul e centro da cidade. A previsão é que o sistema seja integrado no futuro com o Monotrilho, projeto do Governo do Estado que ainda não saiu do papel.

Para o secretário municipal de esportes, Fabrício Lima, o Bus Rapid Transit é a melhor opção para a época do Mundial. “O BRT é mais viável e mais barato. Prova disso é que pelo menos nove das cidades sedes vão implementar o BRT e Curitiba já tem. Estive na África e a diferença na tarifa é gritante: US$ 14,00 o monotrilho e US$ 0,80 BRT”, explica.

Algo bem semelhante foi implantado na capital do Estado em 2001, pelo ex-ministro dos transportes do governo Lula, Alfredo Nascimento, que na época em que era prefeito de Manaus e atualmente é candidato ao Governo do Estado. O investimento foi de cerca de R$ 120 milhões, mas o que deu certo em outras capitais do país fracassou na cidade. Os moradores apelidaram o sistema de “Estresse”, trocadilho com o nome original “Expresso”. Abandonado e mal implantado, só restaram de herança ônibus em péssimas condições de conservação e pontos de passageiros abandonados.

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