Tarifa Zero

Ji-Paraná, em Rondônia, anuncia volta do transporte coletivo com subsídio social


Por Alexandre Pelegi

Empresa vai operar três linhas atendendo os principais bairros dos dois distritos do município; prefeitura vai custear vale-transporte dos mais carentes

O município de Ji-Paraná, em Rondônia, cidade com população de 130 mil habitantes, terá novamente o serviço de transporte coletivo municipal.

A notícia foi dada pelo prefeito Isaú Fonseca durante entrevista coletiva na manhã dessa sexta-feira, 04 de fevereiro de 2022.

Como mostrou o Diário do Transporte em novembro de 2020, a Cooperativa Cidade de Ji-Paraná Transporte Coletivo (Coopemtrans), que operava o transporte local, ameaçou suspender os serviços por causa da forte queda da demanda causada pela pandemia de coronavírus, o que provocou um forte déficit financeiro à empresa. Relembre:

De acordo com o prefeito, a empresa volta a operar o transporte na próxima segunda-feira (07), servindo três linhas, que percorrerão os principais bairros dos dois distritos de Ji-Paraná. Mensalmente, os ônibus devem percorrer cerca de 70 mil quilômetros, transportando mais de 40 mil passageiros todos os meses, diz a prefeitura.

Walter Freitas, diretor da Coopertans, afirmou durante o anúncio do prefeito “que o transporte coletivo é fundamental para o município, inclusive na questão social. Idosos, estudantes e a população mais carente utiliza o transporte público, então esse retorno é fundamental e essencial”.

Do total de passageiros mensais, cerca de 11 mil serão transportados por meio do passe-livre, benefício destinado a pessoas com deficiências, idosos e crianças com até 6 anos de idade. Também serão distribuídos vales-transportes e vales-estudantes para mais de 25 mil passageiros.

Ou seja, apesar da tarifa custar R$ 5 a prefeitura garante que apenas 10% dos passageiros pagarão integralmente esse valor.

Para garantir isso, o prefeito afirmou que o município entrará com a contrapartida, adquirindo os vales-transportes sociais, que são distribuídos gratuitamente aos usuários do CadÚnico que se enquadram nos requisitos.

“Em todas as cidades, as empresas de transporte coletivo não estão se mostrando autossuficientes, pois elas não conseguem custear o serviço prestado”, justificou o prefeito sobre a participação da prefeitura no custeio das gratuidades.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes